O Índice Bovespa segue em forte alta hoje, pelo segundo dia
consecutivo, com os investidores animados com o aumento das chances
de impeachment da presidente Dilma
Rousseff e com indicadores positivos da China, que
favoreceram a alta das bolsas pelo mundo todo. Já o
petróleo abriu em queda após a Arábia Saudita afirmar que não
acertou redução de produção para a reunião da Organização dos
Países Produtores de Petróleo no fim de semana.
Às 12h45, o Índice Bovespa
subia 3,26%, para 53.697 pontos, puxado por bancos, Petrobras
(BOV:PETR3)
e (BOV:PETR4)
e Vale (BOV:VALE3)
e (BOV:VALE5).
As ações ordinárias (ON, com voto) da Petrobras subiam 4,23% e as
preferenciais (PN, sem voto) ganhavam 6,87%. As PNA da Vale subiam
6,6% e as ON, 7,15%.
Nenhuma baixa no Ibovespa
Nenhuma ação das 62 do índice estava em queda. O pior desempenho
era das ações ordinárias da Estácio Participações (BOV:ESTC3),
estáveis. As siderúrgicas lideravam as altas, com CSN ON (BOV:CSNA3)
subindo 21,35%, Gerdau PN (BOV:GGBR4),
13,51%, Gerdau Metalúrgica PN (BOV:GOAU4),
12,26% e Usiminas PNA (BOV:USIM5),
12,56%.
Os bancos, que possuem o maior peso no Ibovespa, registravam
altas expressivas. As ações PN do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4),
maior peso do indicador, subiam 2,25%. As PN do Bradesco (BOV:BRAP4)
ganhavam 2,51% e as ON (BOV:BRAP3),
2,72%. As ON do Banco do Brasil (BOV:BBAS3)
subiam 3,62%, beneficiadas também pelo fato de a empresa ser
estatal, o que pode mudar sua gestão em caso de troca de governo.
Já as units (recibos de ações) do Santander (BOV:SANB11)
ganhavam 2,5%. Ambev ON (BOV:ABEV3),
também com forte peso no índice, subia 1,5%.
China ajuda commodities
As exportações da China em março ficaram muito acima das
expectativas de analistas ao subirem 11,5% sobre o ano anterior, o
primeiro aumento desde junho e o maior desde fevereiro de 2015. Já
as importações caíram 7,6% sobre o mesmo período do ano anterior,
menos do que o esperado. Isso deixou o país com um superávit
comercial de US$ 29,86 bilhões no mês, informou nesta quarta-feira
a Administração Geral de Alfândega.
Os números deram força às commodities metálicas, como o cobre,
que ganhou 1% hoje, o alumínio, com 1,4% e o níquel, 1% também. O
minério de ferro subiu 2,3% na China, atingindo o maior preço desde
21 de março, segundo a Bloomberg.
Cenário político é destaque
Já no Brasil, a decisão do Partido Progressista, um dos alvos
dos esforços do governo para reforçar sua base, de apoiar o
impeachment aumento bastante as chances de a saída de Dilma ser
aprovada no domingo na Câmara. Diante dessa expectativa de mudança
no comando da economia, aumentam as compras de investidores locais
e estrangeiros.
Europa em alta com China
No exterior, as bolsas na Europa estão em alta, repercutindo os
dados positivos da economia chinesa, apesar dos dados mais
negativos de atividade na região.
A produção industrial da zona do euro contraiu mais que o
esperado em fevereiro após resultado forte em janeiro, refletindo
principalmente a menor produção de bens não duráveis como
vestimentas e alimentos, informou a agência de estatísticas da
União Europeia nesta quarta-feira. A produção industrial no bloco
monetário de 19 países caiu 0,8% em fevereiro contra janeiro,
declínio ligeiramente maior do que os 0,7% previstos em pesquisa da
Reuters com economistas.
As bolsas na Europa seguiam a tendência de alta do mercado
asiático, onde o Índice Nikkei fechou com ganho de 2,84%, o Hang
Seng, de Hong Kong, de 3,19% e o da Bolsa de Xangai, 1,33%. O
Índice Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados na região,
subia 2,80%. O Financial Times, de Londres, ganhava 1,60%, o DAX,
de Frankfurt, 2,20%, o CAC, de Paris, 2,87% e o Ibex, de Madri,
2,81%.
EUA sobem com resultados
Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones subia 0,86%, o Standard
& Poor’s 500, 0,60% e o Nasdaq, 1,32%. O mercado repercute o
resultado do J.P. Morgan. O lucro foi menor, mas ficou dentro das
estimativas do mercado graças a cortes de despesas com salários e
um resultado melhor das operações de tesouraria. O lucro caiu6,7%
no primeiro trimestre, para US$ 5,52 bilhões, para US$ 5,91 bilhões
no mesmo trimestre do ano passado. O resultado puxou os preços das
ações de outros bancos.
Petróleo em baixa
Já o petróleo destoa das demais commodities, apesar da melhora
da China, pois representantes da Arábia Saudita negaram um acordo
para cortar a produção que foi noticiado ontem pela imprensa russa.
A Opep se reunirá em Doha neste fim de semana e o Irã já afirmou
que não pretende cortar sua produção. O barril do tipo Brent
iniciou o dia em queda, chegou a zerar as perdas no fim da
manhã, mas voltou a cair e era negociado em Londres a US$
44,22, em baixa de 1,05%. Já o WTI era negociado em Nova York a US$
41,77, em baixa de 0,95%. Hoje saem dados dos estoques de petróleo
nos Estados Unidos.
Juros em queda
No mercado futuro de juros, os contratos de DI para janeiro de
2017 projetavam 13,665%, abaixo dos 13,745% de ontem, acompanhando
a queda do dólar e a animação com uma possível troca de governo. Os
contratos para janeiro de 2018 caíram de 13,39% para 13,20%, os
para janeiro de 2019, de 13,45% para 13,23% e os para janeiro de
2021, de 13,49% para 13,25%.
SID NACIONAL ON (BOV:CSNA3)
Historical Stock Chart
From Jun 2024 to Jul 2024
SID NACIONAL ON (BOV:CSNA3)
Historical Stock Chart
From Jul 2023 to Jul 2024