A Gerdau reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,25 bilhão no
primeiro trimestre de 2023 (1T24), montante 47,9% inferior ao
reportado no mesmo intervalo de 2023, informou a companhia
siderúrgica.
A empresa explica que o resultado foi “impactado por menores
margens e volumes de vendas”.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 2,813 bilhões no
1T24, um recuo de 34,9% em relação ao 1T23. A margem Ebitda
ajustada atingiu 17,4% entre janeiro e março deste ano, baixa de
5,5 p.p. frente a margem registrada em 1T23.
A receita líquida somou R$ 16,210 bilhões no primeiro trimestre
deste ano, queda de 14,1% na comparação com igual etapa de
2023.
O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 2,4 bilhões no primeiro
trimestre de 2024, um recuo de 33,3% na comparação com igual etapa
de 2023. A margem bruta foi de 14,9% no 1T24, queda de 4,3 p.p.
frente a margem do 1T23.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 501 milhões no
1T24, uma diminuição de 6,9% em relação ao mesmo período de
2023.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 476 milhões no
primeiro trimestre de 2024, uma elevação de 852% sobre as perdas
financeiras da mesma etapa de 2023.
Em 31 de março de 2024, a dívida líquida da companhia era de R$
11,040 bilhões, uma redução de 10,0% na comparação com a mesma
etapa de 2023.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida
líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,40 vez em março/23, alta de
0,09 p.p. em relação ao mesmo período de 2023.
Os resultados da Gerdau (BOV:GGBR3)
(BOV:GGBR4)
referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2024 foram
divulgados no dia 02/05/2024.
- Gerdau e Metalúrgica Gerdau aprovam distribuição de
dividendos no valor de aproximadamente R$ 785,2
milhões
O Conselho de Administração da Gerdau e da holding Metalúrgica
Gerdau aprovaram a distribuição de dividendos no valor de
aproximadamente R$ 785,2 milhões. Do total, R$ 589 milhões são para
os acionistas da Gerdau e R$ 196,2 milhões para os detentores de
ações da holding.
O montante por ação da Gerdau é de R$ 0,28 e de R$ 0,19 para
Met. Gerdau.
Teleconferência
Os planos da Gerdau para a produção de aços especiais no México
podem exigir investimentos de US$ 500 milhões a US$ 600
milhões, com a empresa estimando concluir estudos para uma eventual
decisão sobre a construção da nova usina no final deste ano.
“Se levarmos em consideração outros investimentos do mercado…o
mercado estima que uma usina como essa precisa de investimentos de
US$ 500 milhões a US$ 600 milhões”, afirmou o
presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, em entrevista a
jornalistas nesta sexta-feira, acrescentando que uma projeção sobre
o investimento a ser feito pela companhia na nova usina será
determinado na conclusão do estudo.
Mais cedo, a Gerdau anunciou que iniciou estudos para a
construção de uma usina de aços especiais com capacidade para 600
mil toneladas por ano no México.
Werneck afirmou que se os planos indicarem a viabilidade
comercial da nova instalação no México, a construção começará em
2025.
Segundo o vice-presidente financeiro, Rafael Japur, o mercado
mexicano de aços especiais tem consumo por ano de 1,2 milhão de
toneladas, com 70% desse volume sendo fornecido via importações
atualmente.
VISÃO DO MERCADO
Um bom início de ano e que confirma visões mais positivas após
trimestres desafiadores. Essa foi a visão do mercado sobre os
resultados da Gerdau, que reportou lucro antes de juros, impostos,
depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado
no primeiro trimestre de 2024 (1T24) de R$ 2,8 bilhões (38% maior
ante o 4T23, mas 35% menor em base anual). Com isso, às 10h26
(horário de Brasília), os papéis GGBR4 subiam 3,49%, a R$
19,28.
Bradesco BBI
O dado do Ebitda ficou 7% acima da expectativa do Bradesco BBI e
8% acima do consenso. A diferença em relação ao modelo do BBI é
explicada pelos resultados melhores que o esperado nas divisões do
Brasil e da América do Norte.
“Em geral, a Gerdau registrou resultados mais fortes na
comparação trimestral no primeiro trimestre em todas as divisões,
com a margem Ebitda nos EUA atingindo 24,5% e as margens no Brasil
já mostrando alguma recuperação dos mínimos do quarto trimestre de
2023 (9,2% no primeiro trimestre contra 8,5% no quarto trimestre)”,
apontam os analistas do BBI.
O banco observa que os resultados sequencialmente mais fortes na
divisão do Brasil foram explicados por um melhor mix de vendas
(volumes domésticos 8% maiores no trimestre), levando os preços
realizados a melhorarem 4% no trimestre. Por outro lado, o custo
caixa/tonelada aumentou 3% no trimestre, à medida que os custos
mais elevados do carvão e do minério de ferro pesaram nos
resultados (uma tendência que esperamos que seja revertida no
segundo trimestre).
Embora a Gerdau tenha apontado que os produtos incluídos no novo
sistema tarifário de importação do Brasil representem cerca de 25%
dos volumes vendidos pela empresa no país, a empresa ainda acredita
que as importações continuam sendo um desafio para a indústria
local (particularmente para produtos de aço plano). Na América do
Norte, a Gerdau registrou vendas sazonalmente mais fortes (8%
maiores ante o 4T23), e também reportou melhor desempenho de custos
(queda de 5% no custo caixa/tonelada frente ao trimestre anterior).
Por fim, houve queima de caixa, mas parcialmente explicada por um
impacto negativo do capital de giro. A alavancagem da Gerdau
permanece em níveis baixos, em 0,4x a relação Dívida
Líquida/Ebitda.
Olhando para o futuro, o BBI espera que os resultados continuem
a ganhar tração, dadas as nossas expectativas de: (i) resultados
persistentemente sólidos nos EUA; e (ii) novas melhorias na
rentabilidade no Brasil. O banco cita que apesar dos resultados
trimestrais mais fortes no Brasil, a margem Ebitda permanece
próxima dos mínimos históricos e deve continuar a melhorar nos
próximos trimestres (ajudada por um melhor desempenho de custos, em
nossa visão), mantendo recomendação de compra e reiterando as ações
como as preferidas no setor. “Continuamos esperando que o dinamismo
dos lucros da Gerdau melhore nos próximos trimestres, com potencial
para que seu Ebitda em 2024 ultrapasse o nível de R$ 11 bilhões (o
BBI vê riscos de alta para os preços domésticos de aços longos)”,
ressalta a equipe de análise.
Itaú BBA
O Ebitda ficou 10% acima das estimativas do Itaú BBA. “A
diferença em relação à nossa estimativa ocorreu devido a resultados
melhores que o esperado em todas as divisões, principalmente Brasil
e aços especiais”, apontam os analistas. Além disso, o nível de
endividamento permaneceu estável em 0,4 vez no período, já que o
menor Ebitda dos últimos 12 meses e a geração negativa de fluxo de
caixa livre foram compensados pelos recursos provenientes da venda
de joint ventures na América do Sul, avalia o banco.
JPMorgan
O JPMorgan avalia que os números foram fortes em todos os
aspectos, com o Ebitda ficando 10,7% acima da projeção do banco e
mostrando que a siderúrgica começou o ano “com o pé direito”. O
banco ressalta que a Gerdau é a sua principal escolha entre os
nomes siderúrgicos da América Latina. Já o BBA segue com
recomendação neutra (desempenho em linha com o mercado) para GGBR4,
com preço-alvo de R$ 20 ao fim de 2024.
Levante
A Levante também reforça que a Gerdau mostrou números
consistentes, acima das expectativas, enquanto seu baixo
endividamento possibilita a projeção de uma distribuição de
proventos de aproximadamente 6% para os próximos doze meses e a
realização de investimentos significativos, no Brasil e
principalmente nos Estados Unidos.
“Mantemos uma visão positiva para as ações da Gerdau, que possui
uma diversificação geográfica expressiva, com destaque para a
América do Sul e América do Norte. Nota-se um cenário que pode
indicar alguma recuperação para o setor de aço no Brasil, o que
pode gerar uma virada de ciclo das operações em território
nacional”, avalia a casa de research.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
GERDAU ON (BOV:GGBR3)
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GERDAU ON (BOV:GGBR3)
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