ETFs de Bitcoin fazem aniversário hoje; Quais são as perspectivas para 2025?
11 January 2025 - 4:51AM
Newspaper
Hoje completa 1 ano de uma virada histórica para as
finanças tradicionais e para o mercado de criptomoedas. A aprovação
da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em 10
de janeiro de 2024 abriu caminho para os primeiros ETFs de Bitcoin
à vista, o que impulsionou uma onda de entusiasmo no setor
cripto e aportes maciços por parte de investidores
institucionais.
Em menos de doze meses, esses fundos já haviam atraído cerca de
US$ 44 bilhões em novas entradas globais em produtos de
investimento cripto, alterando radicalmente a forma como o Bitcoin
(COIN:BTCUSD) é negociado e percebido.
A estreia desses ETFs ocorreu em um momento em que as taxas de
juros nos EUA começaram a cair e as políticas governamentais se
mostraram mais favoráveis ao setor cripto.
Por exemplo, instituições que antes hesitavam em lidar
diretamente com a custódia de ativos digitais passaram
a encontrar alternativa regulamentada, transparente e
fácil de negociar. Não por acaso, a BlackRock (NYSE:BLK) teve
resultados brilhantes, alcançando cerca de US$ 61 bilhões em ativos
sob gestão (AUM) em seu iShares Bitcoin Trust (NASDAQ:IBIT) em
menos de um ano, feito que, seu fundo de ouro, levou quase duas
décadas para atingir.
O IBIT encerrou o ano entre os três principais ETFs em termos de
fluxos acumulados, chegando a US$ 37,2 bilhões em entradas ao longo
de 2024. Esse volume o colocou à frente de outros grandes fundos
tradicionais, como os da Vanguard, Invesco e State Street.
O crescimento explosivo fomentou debates sobre a
distribuição do fornecimento de Bitcoin, pois grandes entidades
centralizadas, incluindo empresas listadas em bolsa, governos e
agora ETFs, passaram a deter fatias cada vez mais significativas do
ativo digital.
Dados de diversas fontes indicam que mais de 150 grandes
organizações podem deter cerca de 14% de todo o suprimento de BTC,
chamando a atenção para o risco de concentração em um mercado
criado inicialmente com a proposta de descentralização.
Mesmo assim, há espaço para múltiplos provedores de ETF, e
analistas apontam que dificilmente um único fundo dominará 100% dos
recursos.
Ao mesmo tempo, outros governos também seguem investindo em
Bitcoin. O caso de El Salvador é emblemático: ao comprar 1 BTC por
dia e manter mais de 6.000 moedas, o país consolida a criptomoeda
como moeda oficial, escancaradamente como parte de sua estratégia
econômica.
Rumores de que novas nações, como os Emirados Árabes Unidos,
possam ter feito grandes aquisições reforçam a tese de que o
interesse institucional não se restringe aos EUA e que a corrida
pelo domínio do BTC está apenas começando.
Falando sobre as expectativas para 2025, analistas do setor
preveem que, embora as entradas líquidas em ETFs de Bitcoin à vista
possam não repetir o número estrondoso do primeiro ano, ainda devem
se manter altas. Também há especulação sobre a possível aprovação
de ETFs de outras criptomoedas, Solana (COIN:SOLUSD) e XRP
(COIN:XRPUSD), o que pode ampliar ainda mais o alcance dos ativos
digitais nos mercados tradicionais.
Bitcoin (COIN:BTCUSD)
Historical Stock Chart
From Dec 2024 to Jan 2025
Bitcoin (COIN:BTCUSD)
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