O que justifica a queda das ações da TIM e da Vivo após balanços considerados positivos?
17 May 2024 - 10:53PM
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A TIM e a Vivo apresentaram seus balanços na semana passada.
Ambas trouxeram números dentro das expectativas já otimistas das
prévias de analistas sobre os resultados. Ainda assim, uma após a
outra, as companhias apresentaram quedas acentuadas no dia seguinte
à divulgação. A TIM perdeu 6,20% na sessão seguinte enquanto a Vivo
caiu 5,63%. O que aconteceu?
Os papéis da TIM passaram por rali no final de abril/início de
maio, de acordo com o Goldman Sachs, sem que houvesse um driver
fundamental específico. A queda observada na semana passada vem
após o movimento.
Além disso, a companhia, no balanço do primeiro trimestre de
2024 (1T24) apresentou composição de receitas móveis com receita
média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) menor que o trimestre
anterior e estável em relação ao ano anterior e questões com
capital de giro. Os dois pontos levaram a discussões com
investidores, segundo o banco estrangeiro. O balanço motivou a
adoção de estimativas mais conservadoras e a redução de preço alvo
de 12 meses para R$ 18,00 por ação (dos R$ 18,70 anteriormente
praticados), com recomendação neutra mantida.
O balanço da TIM (BOV:TIMS3) contou com mais pontos de atenção,
como a linha de resultados financeiros também, que teve impacto
negativo de R$ 525 milhões. De acordo com Matheus Nascimento,
analista da Levante Inside Corp, mesmo considerado um item não
recorrente, a linha levantou desconfianças para o próximo
trimestre. O analista destacou também a parcela que a TIM detém do
banco C6.
O aumento de participação no banco, de acordo com Nascimento,
dependeria do número de clientes que a companhia de
telecomunicações tivesse utilizando os serviços das duas companhias
em ofertas exclusivas.
“A TIM tem posição minoritária no C6 e a pergunta é se a TIM
conseguirá levar essa parceria para frente, já que existe esse
gatilho de aberturas de contas e entrega de alguns resultados para
conseguir aumentar a participação”, comenta.
Despesas e fiscal impactam Vivo
A Vivo (BOV:VIVT3), por sua vez, teve pontos controversos no
balanço mas não por itens não recorrentes. Nascimento destaca que
os principais aspectos negativos foram o impacto na margem de lucro
antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na
sigla em inglês), a elevação de despesas e o nível de provisão para
devedores duvidosos (PDD) maior do que se esperava. Alguns pontos
relacionados a tributos também afetaram o balanço, em especial
reduzindo o lucro líquido.
“O avanço de despesas é um ponto de atenção, especialmente
porque essa disciplina com custos é algo muito sério”, ressalta o
analista, destacando também o efeito de alíquota superior de
impostos que foi paga. “Os dois resultados têm um nível de
complexidade um pouco maior do que o usual”, conclui Nascimento
sobre os balanços das duas companhias.
Informações Infomoney
TELEF BRASIL ON (BOV:VIVT3)
Historical Stock Chart
From May 2024 to Jun 2024
TELEF BRASIL ON (BOV:VIVT3)
Historical Stock Chart
From Jun 2023 to Jun 2024